Marina Costa

Minha paixão pela fotografia vem desde a infância. Me fascinava ver minha mãe com suas câmeras analógicas. No meu universo infantil, aquilo não era simplesmente fazer uma foto: era entrar em uma caixinha e sair dela com imagens que revelariam formas e emoções, que contariam histórias, que guardariam memórias e que nos fariam sorrir e chorar em um domingo qualquer.

Na faculdade de jornalismo, o amor pela imagem começou a ficar mais evidente nas primeiras aulas dentro do laboratório de fotografia. Ainda na era analógica, a ansiosa espera pela revelação criava uma atmosfera de sonho e de expectativa sobre o resultado do que eu queria contar. Aí que toda a magia começa. Entre erros e acertos, entre idas e vindas, entre o analógico e o digital, eu escolhi a fotografia e a fotografia me escolheu. Após uma longa trajetória em busca de um caminho que me realizasse enquanto pessoa e profissional, a fotografia de família e os retratos de mulheres, hoje, moldam o meu trabalho. Claro que sem deixar de lado o trabalho autoral que abre ainda mais o meu olhar sobre o mundo e as pessoas.

São essas e outras memórias que inspiram a minha forma de observar o outro, cada dia mais espontânea e despretensiosa, mas não menos ávida por contar histórias de verdade.