Nutrindo Mães

 

 

Nutrindo Mães é o nome do projeto que lanço hoje em parceria com a amiga Camila Pavam (nutricionista materno-infantil). O projeto traz uma série de textos (da Camila) e de fotos (minhas) que vão abordar assuntos tabus e, muitas vezes, evitados  sobre a maternidade. Buscamos trabalhar o protagonismo, o empoderamento e as dificuldades das mulheres na maternidade. Aqui buscamos um tom menos romantizado para abordar assuntos como escolhas, liberdade, solidão, medos e etc. Mulheres que escolhem não ser mães também vão se sentir acolhidas e representadas no texto. Por isso, convido a todas as mulheres a acompanharem esse caminho comigo e com a Camila.

Por Camila Pavam (@camilapavam.nutri)
Trabalhando com crianças e famílias  pude ver o quanto estamos esgotadas. Especialmente as mães. Do lugar de onde enxergo, vi o quanto nós mulheres estamos desnutridas de amor, muitas vezes de amor próprio. Impedidas de viver prazeres diários e ter leveza. Muitas vezes distantes da alegria e de propósito de vida pessoal.
E foi a partir desse meu sentir que nasceu dentro de mim o projeto Nutrindo Mães. Onde desejo compartilhar com vcs o meu olhar de assuntos muitas vezes ocultados ou negligenciados. Ônibus os pela alto produção capitalita e silenciados pelo machismo.
E vc quer saber: “O que isso tem a ver com NUTRIÇÃO?!” Cada um só pode dar aquilo que tem. Como uma mãe desnutrida poderia nutrir o seu bebê? E é com o desejo de nos fortalecer que começo agora uma série de posts e trabalhos: NUTRNDO MÃES
Uma parceria com a fotógrafa Marina Costa
O primeiro texto:
Escolher ser ou não ser mãe (por Camila Pavam)
A sociedade, há séculos, comprime a mulher no papel de mãe. Muitas vezes de forma romântica e doce, enrolada com fita de cetim. Como se ser mãe fosse o auge da mulher, a melhor coisa da vida, o sonho a ser alcançado.
E pode ser. Poderia. Para muitas é. Mas NÃO “TEM QUE SER”. Esse não é o único caminho para a felicidade e plenitude de uma mulher.
Antes de me tornar mãe, sempre que eu ouvia uma mulher dizer que não queria ser mãe, eu pensava (julgava) logo: “Ah! Tá mentindo para si mesma, negando algo!”; “Quero ver quando o relógio biológico gritar!”; “Fala isso pq não é mãe!”. Hoje, depois de me tornar mãe, eu acho uma decisão incrível. Uma resposta totalmente possível, talvez a mais honesta e corajosa para com a sociedade, a humanidade,  o planeta, para essa futura criança e principalmente para ela mesma. E uma mulher que escolhe ser dona da própria vida e vivê-la como bem entender… Putz.
Escolher, com certeza, é o ápice da felicidade femininA.
Depois de ser mãe eu entendi que decidir ter um filho é um mergulho profundo, que diz respeito a cada mulher. Um mergulho profundo e solitário de encontro consigo mesma. Onde a PROTAGONISTA é você.